O uso de preenchedores como o ácido hialurônico para rejuvenescimento facial tem passado por um aumento considerável de aplicações nos últimos anos. Isso faz com que as complicações decorrentes do procedimento fiquem mais evidentes. Segundo o dermatologista e especialista em harmonização facial Ivan Rollemberg, o índice de efeitos adversos nestes procedimentos é de aproximadamente 5%. Felizmente, a maioria das reações adversas é leve e transitória.
Como em qualquer intervenção cirúrgica, o preenchimento facial exige conhecimento profundo sobre a tecnologia usada, sua interação com os tecidos e os potenciais efeitos adversos. “Isso é fundamental para maximizar o benefício do paciente e evitar problemas sérios”, diz o médico.
As complicações podem ser divididas em imediatas, precoces ou tardias, conforme o tempo de evolução. O efeito colateral acontece quando o preenchedor é posicionado muito superficialmente, resultando em uma coloração azul-acinzentada na pele.
De acordo com Rollemberg, a ocorrência de morte por necrose é rara. Ela é causada pela interrupção do suprimento vascular a determinada área por compressão, injuria ou obstrução dos vasos.
Embora não seja possível impedir todos os episódios de oclusão vascular, vários cuidados devem ser tomados para minimizar o risco, segundo o dermatologista. As cânulas são muito seguras, no entanto as de menor diâmetro podem lesar o vaso assim como a agulha. Ambas podem ser utilizadas mas com maior cautela.
“As cânulas finas vêm sendo questionadas pela possibilidade de perfuração e conseqüente oclusão parcial ou total da luz do vaso, ou ainda pela compressão por grande quantidade injetada”, afirma o médico. Ele também recomenda pequenos volumes em cada sessão. Se o resultado não puder ser alcançado com uma quantidade razoável, o paciente deve retornar uma a duas semanas após a aplicação para correção adicional.
Para Rollemberg, o preenchedor perfeito ainda não foi descoberto, embora os produtos disponíveis sejam numerosos e variados. Alguns deles podem parecer menos arriscados do que outros, mas todos são capazes de provocar reações adversas, de acordo com o dermatologista. Agentes que se degradam em meses, como colágeno, ácido hialurônico e agarose gel podem resultar em complicações, mas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de tempo que varia.
Outros materiais de preenchimento podem dar origem a reações adversas graves e mostram pouca ou nenhuma tendência de melhora espontânea. Os problemas podem aparecer vários anos após as injeções, quando o paciente não lembra que o produto foi injetado e o tratamento é ineficaz. “Às vezes, a excisão cirúrgica do agente injetado é a única terapêutica possível, com resultados cosméticos pobres”, conclui.
E para qualquer tipo de procedimento deve sempre procurar um especialista com experiência.
Clínica Rollemberg
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Dr. Ivan Rollemberg