Hotel Peninsula em Paris: Bem-vindo ao glamour oriental

A rede hoteleira Peninsula Hotels, com sede em Hong Kong, na China, traz o luxo e o requinte do Oriente a Paris, na França.

Texto: Maurício de Souza
Fotos: Maurício de Souza

A busca por um lugar em Paris onde a rede hoteleira asiática pudesse estabelecer seu primeiro hotel na Europa, foi uma dura tarefa, porém quando foi encontrado, a escolha foi mais que perfeita. O hotel Peninsula Paris recebeu o título de hotel-palácio. Essa distinção de “palácio”, bem merecida, é concedida pela Agência de Desenvolvimento de Turismo da França. Esse status é atribuído apenas a hotel com classificação acima de cinco estrelas e com serviço excepcional.

Situado em um dos mais belos edifícios e em uma das mais famosas avenidas da cidade, de um lado da propriedade está o grandioso Arco do Triunfo e do outro, a majestosa Torre Eiffel. Datado de 1908, o prédio atual foi totalmente reconstruído internamente. Antigamente, era a sede do Hotel Majestic, que havia sido edificado para ser um dos melhores hotéis da cidade. Após anos de transformação, o hotel Peninsula conseguiu preservar elementos históricos, que foram cuidadosamente restaurados de modo a manter a originalidade. O Hotel Majestic, conhecido por sediar eventos da sociedade elegante no início dos anos 1900, viu muitas celebridades, artistas e personalidades importantes ao longo dos anos. O compositor americano George Gershwin escreveu “Um Americano em Paris” enquanto estava hospedado no hotel em 1928. Henry Kissinger assinou “Os Acordos de Paz”, dando fim à guerra do Vietnã, em 1973. O hotel tem duas entradas: uma, na Avenue Kléber e outra, na Avenue des Portugais. É impossível não reparar nos leões em uma das entradas. Esses animais simbolizam a prosperidade e a boa sorte na China. Já na outra entrada, o hóspede notará a presença de Rolls Royce da cor verde e os pajens que abrem e fecham a porta do hotel, marca registrada do grupo hoteleiro.

O hotel tem um vasto conjunto de obras de arte perfeitamente posicionado em cada ângulo. No lobby, a escultura “The Moon River”, impressa sobre náilon em frente ao restaurante Lili, do espanhol Xavier Corberó, impressiona também. O hóspede se emociona com uma outra obra, “Dancing Leaves”, do atêlier tcheco Lasvit, fundado em 2007 por Leon Jakimic. A obra com 800 peças de vidro caindo em forma de cascata, é uma referência às árvores da Avenue Kléber. Uma grande atenção a cada detalhe, como as pinturas e os relevos folheados a ouro das paredes, nos levam de volta ao período da Belle Époque e o mobiliário contemporâneo e bem trabalhado dá um toque de modernidade.

O mobiliário foi feito exclusivamente para o hotel pelos melhores artesães do mundo. Durante o processo de reestruturação do hotel, foi escavado um subsolo para albergar a piscina de 25 metros (a maior em um hotel em Paris), o Spa, a academia de ginástica e o estacionamento. Todos os 200 aposentos e as 34 suítes sāo decorados nos tons cinza e areia. Assim como no hotel matriz em Hong Kong, a tecnologia não poderia faltar em Paris. Um tablet controla a temperatura, a música, a televisão, as cortinas, as luzes e o menu do restaurante. Tudo é explicado em 11 idiomas, inclusive em português. As chamadas locais e internacionais são feitas através do sistema VOIP e, junto com o minibar, são cortesia.

Os aposentos têm “Service Box Valet”, uma caixa onde o cliente pode colocar os sapatos para serem limpos ou recolher o jornal pela manhã sem ser visto. O banheiro, em um belíssimo mármore branco e verde escuro , tem uma gigantesca banheira de imersão profunda, duas pias separadas, chuveiro e toilete separados. Um detalhe interessante é a caixinha em laca para colocar jóias dentro do cofre e o secador de unhas, que não passam despercebidos, além do enorme “walk-in closet”.

A primeira refeição do dia é no restaurante Le Lobby com decoração e ambiente sofisticados, gastronomia impecável e um serviço exemplar. Talheres, utensílios de prata de lei, pratos em porcelana e o lustre em cristal Baccarat adicionam sofisticação ao café da manhã. Uma delícia é a omelete com queijo e ervas finas e as pâtisseries trazidas na bandeja de prata.

O jantar no restaurante Le Lobby é também uma emoção. O ambiente se transforma quando as luzes das velas lhe dão um ar romântico e aconchegante. A sopa de vegetais, o peixe linguado de Dover e a tarte tatin são dos deuses.

Para os apaixonados de história da aviação, na cobertura do hotel está o restaurante L’Oiseau Blanc, que presta homenagem ao primeiro avião que tentou atravessar o Atlântico em 1927. Infelizmente sem sucesso. Com vista de cartão-postal para edifícios e monumentos históricos, como a Torre Eiffel e Montmartre, o local propõe um menu baseado em pratos típicos de uma “brasserie” parisiense, porém com toques contemporâneos.

Por fim, durante a viagem a Paris hospede-se no hotel Peninsula. Será uma viagem inesquecível ao luxo do Oriente sem precisar sair da França.

Para mais informações acesse:
www.peninsula.com/paris