Na edição 45, as grifes Borana (ES), Kalline (SC), Karine Foury (RJ), Led (MG) e Vankoke (RN) fazem sua segunda apresentação nas passarelas da principal semana de moda do hemisfério sul, em um desfile único no dia 24 de abril no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Por meio do convênio “Contextualizar na Moda” voltado para a construção e fortalecimento de relações sustentáveis na cadeia produtiva da moda, o projeto TOP5 está em sua segunda edição e os cinco estilistas participantes fizeram seu desfile inaugural na temporada passada do SPFW. Um time de experts, incluindo consultoria criativa e de business com Márcia Matsuno e consultoriacuradoria de análise de informações, processos criativos e desenvolvimento de produto com Olivia Merquior, busca orientar os empresários, desde a estruturação das coleções até o contato com os fornecedores. “A preparação para esta temporada do SPFW foi focada no desfile, onde quando os estilistas foram estimulados a analisar e definir o posicionamento da marca e o produto que será apresentado. A consultoria busca ajudá-los a contar sua história, mostrar seu DNA e encontrar suas inspirações para a coleção”, afirma Clarissa Guimarães, Gestora do Projeto.
O setor da moda emprega 2 milhões de pessoas no Brasil e em 2017 faturou US$ 42,5 bilhões, perto de R$ 150 bilhões. A expectativa é que esse mercado cresça 2,6% no Brasil em valor por ano, em média, até 2021.
As marcas:
BORANA: cCom inspiração em num estilo leve e essencialmente brasileiro, a Borana nasceu em 2010, no Espirito Santo, quando uma das sócias da marca buscava biquínis com estampas mais expressivas e jovens. Com a experiência da família em confecções, as peças fizeram sucesso e logo chegaram as primeiras encomendas. Entre 2013 e 2014, a marca cresceu com o seu DNA de originalidade e começou também a produzir roupas. Hoje, a Borana conta com lojas próprias no Espírito Santo: na Praia do Canto, em Vitória e outra no Shopping Vila Velha. Comercializa também suas peças através de seu e-commerce e revendas em todos os estados do Brasil, além de exportar para Japão e Portugal. Para o desfile do SPFW, as estampas foram feitas à mão, em aquarela, e mostram elementos da vida simples com pés descalços. As peças terão toque artesanais e rústicos, como pompons e argolas de madeira de reflorestamento. A marca escolheu artesãos locais para compor os acessórios. Para o desfile no SPFW, a inspiração
KALLINE: aA Kalline surgiu em 1990, em Santa Catarina, com a expectativa de ser referência no mercado de couro. A ideia surgiu quando os criadores Nivaldo Rizzotto e Jaqueline Rizzotto enxergaram um modelo de negócios em meio a um mercado escasso nesse segmento. Com a persistência dos donos, a marca cresceu e ao longo dos anos se transformou em empresa modelo, além de ser sinônimo de qualidade, produção local e tradição de moda em couro.
KARINE FOURY: cCriada no fim de 2014 com o desafio de produzir uma alfaiataria impecável, a proprietária da marca, Karine Foury, é uma francesa apaixonada pelo Brasil, que vive no Rio de Janeiro. Apresentou sua primeira coleção em abril de 2015 durante o Minas Trend. As peças da marca têm modelagem irretocável e acabamento primoroso. Para o desfile do SPFW, Karine escolheu o tema Gipsy e cria peças para o Inverno 2018. O crochê e o macramé são as composições da coleção cosmopolita, criada para a mulher de alma livre e dona das próprias regras. Atualmente, a marca cria três coleções por ano, todas sob encomenda. A flexibilidade do ateliê permite atender pedidos personalizados e hoje com mais de seis coleções criadas, é vendida em 13 lojas multimarcas pelo mundo.
LED: dDesde que surgiu, em 2015, a marca mineira LED, fundada pelo designer Célio Dias, buscou como prioridade a expressão de uma moda jovem, atenta a não-categorização de gêneros e em busca de seus próprios padrões de beleza. Com ideias e conceitos plurais, a LED carrega em sua trajetória um total compromisso com a liberdade de escolha, valor embutido em todas as peças de design. Para desenvolver seus pilotos, a LED busca inspiração nas ruas, nas relações que se dão na cidade e na expressão daqueles que compõem a cena urbana. Além da sua proposta agênero, a marca inova no próprio movimento com um viés leve e alegre. Para a passarela do SPFW, a marca mineira se inspira nas “bruxas contemporâneas” e apresenta coleção-protesto, marcado pelas estampas manuais e o uso de materiais como o plástico e o nylon. Batizada de ‘Apocalítica’, a LED expande sua reflexão sobre a diversidade dos corpos. O posicionamento de “contracultura” é percebido também na forma de desenvolvimento do trabalho da marca. Enquanto a moda tradicional se baseia nas estações do ano, a LED aposta em coleções menores e atemporais. A escolha dos materiais, cores e acessórios se descola da variação climática para se basear em narrativas. Os moldes sempre muito amplos e carregados em volume procuram não demarcar os limites do corpo. Para a N45, a LED aposta em uma cartela de cores intensas e materiais inovadores como plataforma de minuciosos trabalhos manuais, já em escassez na cadeia produtiva da moda. O crochê, que marcou o desfile de estreia na SPFW, foi ressignificado em novas tramas e combinações para esta coleção.
VANKOKE: cCom DNA potiguar, a Vankoke nasceu em 2006 a partir da visão da empresária e estilista Adriana Patrícia de redirecionar o olhar da marca para um mercado de moda com maior valor agregado. Sensível aos desejos do universo feminino, a Vankoke busca sempre superar as expectativas dos clientes ao fazer da moda um instrumento de expressão da individualidade. Com agilidade na criação, produção, distribuição e difusão de novas tendências, a marca produz moda para mulheres que buscam estilo, contemporâneas, sofisticadas e elegantes. Para o desfile do SPFW, a estilista inspirou sua coleção na artista plástica e botânica Margarete Mee, que viveu no Brasil por mais de 30 anos e se especializou em estudar plantas da Amazônia brasileira. As peças foram desenvolvidas em seda e linho, criando contexto moderno e elegante. Os tecidos foram pintados à mão pela ilustradora carioca Pat Lobo, que recriou as ilustrações das orquídeas e bromélias estudadas por Margarete.