Vamos ser sinceros. Quando se pensa na Itália, as pizzas, as massas, os vinhos, as roupas, os sapatos e os automóveis são as primeiras imagens que aparecem em nossas mentes. Porém, a Itália é mais que isso. É uma referência mundial de um estilo de vida chique sem ser exagerado. Em 1960, Federico Fellini lançou o filme “La Dolce Vita” com o lindo Marcello Mastroianni e a bela Anita Ekberg. Apesar do tema ser sobre o modo de viver despreocupado dos italianos, tendo Roma como o local ideal para desfrutar desse “dolce far niente”, o filme retrata também problemas existenciais como a falta de comunicação, o amor e a sensualidade. Estamos nos anos sessenta. A Itália acabara de sair do fascismo e da Guerra Mundial. Foram anos de tristeza, de repressão, de falta de esperança e de rígidas leis impostas pela Igreja Católica. “ La Dolce Vita” trouxe ares libertinos, ventos de alegria e um abraço ao superficial assim como é a vida todos os dias.
O que é o fenômeno “La Dolce Vita”?
“La Dolce Vita” significa “A boa vida”. Um estilo de vida equilibrado que nos proporciona felicidade, satisfação e prazer. “La Dolce Vita” está presente no cotidiano dos italianos seja na arte, na forma de se expressar, na gastronomia, na maneira de ser e no modo como se vestem. Existem algumas “regras” necessárias para viver “La Dolce Vita”: para os italianos, o importante é optar por um luxo despretensioso. Luxo não é comprar dez pares de sapatos de uma vez só. É comprar um par, mas que seja perfeito. Segundo uma grande amiga italiana “o luxo não precisa ser exibido, porém que seja reconhecível em milhares de pequenos detalhes: no artesanato de um belo cashmere, no corte perfeito de uma peça de roupa, no charme de um perfume criado por um ‘nariz” extraordinário ou na preciosidade de uma peça única de joalheria, porque é feita à mão”.
Tenha tempo para você. Viver ‘La Dolce Vita” significa fazer aquilo que mais gostamos. Ler um livro, ter tempo para os amigos ou sair para caminhar e praticar esportes é importante. O tempo de vida que temos é limitado, portanto precisamos aproveitá-lo da melhor maneira possível. E isso os italianos sabem fazer muito bem.
Desfrute da boa mesa. A comida não foi só feita para nutrir. Comer com alguém é uma oportunidade para celebrar com os amigos e a família. A hora da comida na Itália é tão sagrada que muitas lojas fecham no horário do almoço, por três horas, de modo que os funcionários possam comer e descansar, antes de voltar para o trabalho.
Viva novas experiências. Viajar é a melhor maneira para expandir nossos horizontes. Quando viajamos, o modo de ver as coisas mudam, exploramos coisas e lugares novos e vemos o mundo de um modo diferente. Para os italianos, as férias do mês de agosto são importantes e sempre que aparece um feriado longo, eles vão para à praia, para uma casa de campo ou para à montanha.
Hotel Regina Baglioni, Roma
Durante a minha estadia na capital, minha viagem de volta para casa foi cancelada. A companhia aérea tinha sobrevendido assentos. Voltei para o hotel e no dia seguinte retornei ao aeroporto sem saber se conseguiria embarcar. O Gerente Geral, Sr. Massimo Mainella, ficou conectado comigo por meio de mensagens até o momento quando recebi meu cartão de embarque. Caso houvesse algum problema, ele ia ter um quarto disponível para mim mesmo o hotel estando lotado. Isso demonstra que os funcionários se preocupam muito com o bem-estar de seus hóspedes e que o hotel não é apenas um local para se hospedar. Localizado na Via Veneto, uma longa e arborizada avenida batizada em honra da vitória da batalha de Vittorio Veneto, durante a Primeira Guerra Mundial, essa é uma das mais luxuosas e famosas ruas de Roma. Nos anos 60, era comum encontrar personalidades como Audrey Hepburn, Orson Welles e Coco Chanel.
O hotel Regina Baglioni faz jus ao glamour da Via Veneto. Situado em frente à embaixada dos Estados Unidos, foi antiga residência da rainha Margherita da Itália. Com 118 quartos e suítes elegantemente decorados e com vista privilegiada para à cidade, o hotel é um verdadeiro luxo.
Além de estar localizado na Via Veneto, o hotel está a poucos passos do segundo maior parque da cidade, os Jardins de Villa Borghese e a poucos minutos da Fontana di Trevi e da Piazza di Spagna. As lojas da Via dei Condotti também não ficam distantes. Como em todos os hotéis do grupo Baglioni, elegância e sofisticação compõem o cenário hoteleiro.
No caso do hotel Regina Baglioni, criou-se uma atmosfera “La Dolce Vita” prestando homenagem à Via Veneto. Piso em mármore, tecidos nobres, lustres em cristal de Murano, bronze e mobiliário em estilo Art Deco original, fazem parte da decoração. Todos os quartos e suítes são decorados com fotografias do mundo da moda e da cidade em preto e branco. O banheiro tem pias separadas e banheira em mármore oferecendo amenidades da famosa marca italiana Ortigia.
Alguns aposentos têm vista para um jardim interno e outros para à rua. As suítes têm mordomo para desfazer e refazer as malas. A suíte mais impressionante é a Penthouse Suite com um terraço gigantesco com vista de 360 graus para Roma, três dormitórios, quatro banheiros e uma jacuzzi externa.
O restaurante Brunello é a pérola do hotel, que é amado também pelos locais. Não é aquele típico restaurante de hotel, pois já virou uma instituição. Com acesso direto para à rua, o menu é típico mediterrâneo com focus em especialidades regionais. A primeira vez que comi um prato típico romano, que são os spaghetti alla carbonara, não gostei muito. Tinha gosto de ovo puro.
No restaurante Brunello consegui comer esse prato após tantos anos. É realmente uma delícia. Voltaria lá só para comer essa maravilha. Com um serviço impecável, o restaurante é fantástico. O menu muda constantemente e o chefe Luciano Sarzi Sartori, que utiliza produtos sazonais e frescos, já cozinhou para celebridades como George Clooney e Jennifer Lopez.O filé de carne cozido à baixa temperatura acompanhado de alcachofras de Jerusalém, óleo de baunilha e vegetais sazonais, é um sonho. E o tiramisu é recheado com uma calda de chocolate e café que é dos deuses. A carta de vinhos é vasta também com vinhos famosos como o Brunello di Montalcino.
Enfim, espero que na sua viagem à Roma, curta a cidade, perca-se pelas suas ruelas e deixe o tempo passar como na “ La Dolce Vita” e se hospede no hotel Regina Baglioni. Será uma recordação para o resto da vida.
Maiores informações: baglionihotels.com