A Cidade do Panamá e o incrível Hotel Intercontinental Miramar

Uma cidade vibrante e um hotel com muito charme e elegância acolhem os visitantes com magníficas surpresas. 

A Cidade do Panamá é bem interessante. Completamente diferente das outras cidades da América Central, é luxuosa ao extremo. A moeda utilizada no país é o dólar estadunidense. Lojas de artigos de luxo oferecendo todas as grifes conhecidas, restaurantes e bares badalados e um sistema de transporte exemplar, vale a pena conhecer esse país que muitas vezes só é visto como um local de escala entre um país e outro.

A Copa Airlines voa para várias cidades brasileiras, portanto em uma viagem seria quase que obligatório parar por alguns dias na Cidade do Panamá para conhecê-la. Com certeza, o turista não vai se arrepender. Uma das principais atrações é o Canal do Panamá.

Inaugurado em 15 de agosto de 1914 com a passagem do navio S.S. Ancon, antes de ser devolvido ao Panamá em 1999, o canal passou pela gestão da Colômbia, França e Estados Unidos. O objetivo dessa grandiosa construção foi de encurtar a viagem entre o Oceano Atlântico e o Pacífico. Um marco da engenharia do século XX, o Canal do Panamá foi criado para facilitar o comércio marítimo mundial. Antes, a viagem durava dois meses, pois os navios tinham que viajar 20 mil quilômetros até contornar a extremidade sul da América do Sul.

Com a construção, a viagem passou a durar apenas 24 horas, sendo 14 horas de espera e 8 horas de travessia nos 77.1 quilômetros de comprimento do canal. Anualmente, são mais de 14 mil navios que transitam pelo canal transportando cerca de 9 trilhões de dólares estadunidenses em cargas. Cada navio que passa pelo canal tem que pagar um pedágio.

Em 2010, o navio Norwegian Pearl pagou 375 mil e 600 dólares estadunidenses de taxa. A taxa é baseada no tipo de embarcação, da carga e até do nível de agua no lago Gatún, um corpo de água artificial entre os dois oceanos que surgiu durante a construção do Canal do Panamá. O canal conta com bloqueios na extremidade assim como três grupos de esclusas; um em Gatún, um em Pedro Miguel e o outro em Miraflores. Essas esclusas são abertas e fechadas e as embarcações são elevadas ou abaixadas em três níveis totalizando nessa etapa 26 metros. Devido ao desnível entre o Oceano Atlântico e o Pacífico na região do lago, as esclusas funcionam como elevadores. Sendo assim, não foi necessário uma escavação mais profunda. Cada esclusa mede 300 metros de comprimento e conta com paredes com 15 metros de espessura na base e 3 metros no topo. A parede central entre as esclusas mede 18 metros de espessura e 24 metros de altura. As portas são feitas de aço maciço e contam com, em média, 2 metros de espessura e 10.5 metros de comprimento, alcançando 20 metros de altura.

Recomenda-se ir ou de manhã por volta das 9 horas, pois esse é o horário quando os navios atravessam do Pacífico para o Atlântico. À tarde também é possível visitar o Canal do Panamá e o melhor horário é a partir das 15 horas, pois é quando os navios atravessam no sentido oposto. É necessário entrar no site para fazer reserva e o lugar de observação mais próximo é o Cento de Visitantes de Miraflores.

A Cidade do Panamá é praticamente dividida em três: A antiga, a reconstruída e a moderna. Um passeio interessante é visitar Casco Viejo, um bairro reestruturado. Fascinante, histórico e excitante é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade. A sua história remonta a 1673 e nos últimos anos muitas pessoas compraram propriedades ali dando início a um grande processo de restauração.

O resultado foi fenomenal com lindas praças e belíssimos edifícios coloridos. Várias propriedades foram transformadas em hotéis de luxo, casas noturnas, excelentes bares e grandiosos restaurantes. Há muito o que se fazer em Casco Viejo, como: Visitar a Catedral Metropolitana com seu altar em mármore importado da Itália, a Igresia de San Jose com seu altar todo folheado a ouro, o Palacio Nacional, o Museo del Canal de Panama, o Teatro Nacional, a Plaza Herrera, a Plaza de Francia e a Plaza de la Independencia.

E para fechar com chave de ouro esse passeio pela cidade, o turista não deve deixar de comprar na loja Victor’s Panama Hats, o famoso Chapéu Panamá. O interessante é saber que esse chapéu não é panamenho, pois o original é feito nas cidades de Montecristi e Cuenca, no Equador.

Os modelos mais baratos possuem tramas mais grossas o que afeta a proteção solar. Já os com duas ou três tramas podem ser dobrados e levados em viagens e não ficam marcados. Para quem não se importa com preço, os que têm 10 ou mais tramas são fininhos, protegem muito do sol e são bem delicados. Um chapéu Panamá pode vir a custar entre 35 e 1200 dólares estadunidenses. A origem desse chapéu encontra-se no século XVI quando os espanhóis conquistaram o Equador. Nessa época, os nativos usavam uns chapéus bem parecidos com as toucas utilizadas por freiras e viúvas na Europa e por esse motivo nomeram-nos de “toquilla”. Fabricado com a palha da planta Carludovica palmata e tecido em trama bem fechada, a palha cresce nas proximidades da costa equatoriana e a 100 e 300 metros de altitude. Deram-lhe o nome de Carludovica em homenagem ao rei Carlos V e a sua esposa Ludovica.

Em 1846 teve inicio a “Corrida do Ouro”. Exploradores que passavam pelo Panamá rumo à California, sempre compravam um chapéu. A fama do chapéu se expandiu de uma tal maneira que as pessoas nomearam-no de Panamá. Manuel Alfaro, um homem de negócios do Equador, viu a possibilidade de expandir o seu comércio exportando chapéus e abrindo diversas lojas no Panamá. Em 1855, um francês que vivia no Panamá usou o chapeu na Feira Mundial de 1855 e Napoléon III também usou o chapéu e isso ajudou a difundir o uso de chapéu Panamá na Europa.

Durante a construção do canal, muitos trabalhadores usavam esse chapéu e a popularidade cresceu enormemente durante a visita do presidente Theodore Roosevelt ao Canal do Panamá. Ele foi fotografado usando um chapéu Montecristi. Astros de Holywood usavam esses chapéus dentro e fora das telas e os filmes Casablanca e E o vento levou divulgaram bastante a moda desse objeto tão desejado. Winston Churchill, Harry Truman, Albert Santos Dumont, Humphrey Bogart, Clark Gable, Michael Jackson e Madonna são algumas das inúmeras personalidades que aderiram à moda desse acessório.

Hotel Intercontinental Miramar, Cidade do Panamá

Localizado em frente a “Cinta Costera”, uma faixa para pedestres em frente ao Oceano Pacífico e bem no centro moderno da capital, com vista para os belíssimos edifícios de Punta Paitilla, para o Canal de Panamá e o bairro Casco Viejo, o hotel é icônico. Logo na chegada nota-se um jardim esplendoroso em frente da propriedade anunciando que tudo nesse hotel de 25 andares é cuidado nos mínimos detalhes.

O lobby é também o local de encontro dos hóspedes e de não-hóspedes, pois não muito distante está o Lobby Bar, que serve excelentes coquetéis. Mesmo estando com alta ocupação não se vê muita gente circulando pelo hotel como em muitos outros pelo mundo. Totalizando 186 aposentos sendo 14 suítes, 1 Royal e seis andares exclusivos com quartos executivos com sala de estar no Club Intercontinental, todos são super espaçosos.

Em uma das suítes, na ante-sala estão a máquina de café expresso, um minibar com água mineral gratuita e amplos armários. Na sala principal, com vista de tirar o fôlego para o Oceano Pacífico, uma televisão LED, além de várias saídas de tomadas para aparelhos eletrônicos e um terraço com vista para o Oceano Pacífico e o Canal do Panamá.

No gigantesco banheiro, um box em mármore com chuveiro com água que cai como se fosse chuva torrencial, duas pias separadas, um telefone e o toilete. O banheiro é equipado com tudo o que o cliente necessita pra ter uma estada mais que confortável.

Dentro do quarto, uma banheira de imersão profunda com vista para a cidade, uma escrivaninha para trabalho com telefone e uma segunda televisão LED. Todos os aposentos têm cortinas escuras para reter a luminosidade.

Comer no único restaurante do hotel, no Bay View, bem espaçoso e com a decoração inspirada no Mediterrâneo, é uma autêntica viagem gastronômica pela América Central.

A primeira refeição do dia é servida aqui. Há uma estação com uma chefe, que prepara waffles e ovos em vários modos. O omelete com queijo, tomate, cebola e pimentão é uma delícia. O restaurante serve seja comida à la carte ou bufê. O bufê é bem variado com frutas, queijos, leites, sucos, pratos quentes e saladas.

No jantar o menu muda constantemente e pratos típicos são oferecidos. Tamales, sopa de peixe e pernil de porco são algumas das deliciosas iguarias servidas. É necessário deixar lugar para as sobremesas porque são várias.

Os clientes hospedados no Club Lounge podem se servir de bebidas alcoólicas premium à vontade e comer uma variedade de pratos deliciosos e bem apresentados; um menu que muda diariamente.

O Club Lounge é um lugar para ser disfrutado após um longo dia de passeios ou mesmo para reuniões de negócios.

O hotel tem um Spa e uma academia de ginástica. Para os dias ensolarados, O hotel tem piscina com uma cascata para adultos e crianças e uma área de laser com várias espreguiçadeiras e ombrelones.

Por fim, vale a pena conhecer o Panamá e se a hospedagem for no Hotel Intercontinental Miramar, a viagem será ainda mais inesquecível.

Para mais informações, visite:

www.visitcanaldepanama.com

Victor’s Panama Hats Calle 3 , Casco Viejo +507 211-0756

www.ihg.com

Créditos: Texto e fotos: Maurício de Souza