Com uma trajetória consolidada desde 2005, a arquiteta Paola Cimarelli Landgraf se destaca pela capacidade de unir técnica, sensibilidade e personalidade em cada projeto. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-Campinas e com especializações em Design de Interiores, Arquitetura de Luxo e Design de Mobiliário, Paola comanda seu próprio escritório em Leme, onde desenvolve soluções inteligentes e personalizadas para projetos residenciais, comerciais e corporativos. Sua marca registrada é a estética limpa e contemporânea, que equilibra conforto, funcionalidade e sofisticação, sempre respeitando os desejos e a identidade de cada cliente.
Mais do que uma arquiteta, Paola se posiciona como uma tradutora de sonhos. Seu trabalho parte de um olhar atento às necessidades do cliente, aliado a uma curadoria criteriosa de materiais e fornecedores. Ela acredita em uma arquitetura que acolhe, que desacelera e que permanece relevante com o tempo — fugindo de modismos e apostando em uma linguagem atemporal. Cada desafio é encarado como uma oportunidade de crescimento, onde coerência estética e excelência nos detalhes são fundamentais para transformar espaços em experiências únicas.
Conversamos com Paola para entender o que move seu trabalho e inspira seus projetos:
Cool: Como você equilibra a identidade do cliente com sua assinatura estética em cada projeto?
No escritório, sempre digo: “Somos o instrumento para orquestrar os desejos dos clientes.” O projeto é deles — nosso papel é transformar seus sonhos em realidade de forma harmônica, funcional e acolhedora. Com o tempo, desenvolvemos uma linguagem contemporânea marcante, e muitos clientes nos procuram justamente por se identificarem com essa estética. Mas a essência permanece: respeitar a individualidade de cada cliente, traduzida por meio do nosso olhar técnico e sensível.
Cool: Quais foram os maiores desafios que você já enfrentou em um projeto e como os superou?
O maior desafio, muitas vezes, é explicar ao cliente que “Tudo não terás” — especialmente quando há desejos que se contradizem. Elementos que não conversam entre si, como estilos antagônicos ou referências desconectadas. Nesses momentos, o repertório técnico e estético faz toda a diferença. Quando mostramos que certos estilos carregam propostas e valores distintos — como um lustre de cristal com piso de concreto, por exemplo — o cliente passa a entender que coerência é essencial para o resultado.
Cool: Como o MBA em Arquitetura de Luxo influenciou sua forma de projetar e escolher materiais e acabamentos?
O MBA em Arquitetura de Luxo foi um divisor de águas. Refinou a forma como apresento os projetos e aprofundou meu olhar para os detalhes. Tive contato com os maiores escritórios de São Paulo, aprendi sobre a excelência na apresentação gráfica e na elaboração de memoriais descritivos. Com isso, passei a estudar cada material com mais profundidade e a detalhar com mais precisão — porque, quanto mais detalhamento, mais conhecimento e intenção há por trás. Além disso, visitar obras das principais construtoras do Brasil me conectou com um nível de exigência e sofisticação que transformou meu padrão de entrega.
Cool: Quais tendências em arquitetura e design você acredita que vieram para ficar — e quais você prefere evitar?
A maior tendência é o resgate do essencial: casas que abraçam, acolhem e desaceleram. Depois de dias intensos, queremos chegar em um lar que nos reconstrua. A estética do aconchego, da naturalidade, dos tons calmos e texturas orgânicas veio para ficar. Evito modismos passageiros — aposto em uma arquitetura atemporal, que segue relevante com o passar dos anos. Meu propósito é claro: tornar a vida das pessoas melhor através da arquitetura.
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